quarta-feira, 30 de março de 2011

segunda-feira, 14 de março de 2011

Começou um novo ano?

Aqui no Brasil é lugar comum se dizer que o ano só começa quando acaba o carnaval. Mas não sou dos que compactuam com esta ideia. Pelo contrário, acho que a vida é contínua e o carnaval pra mim é uma espécie de rito de passagem. Para sorte de uns e azar de outros, a festa de Momo em 2011 caiu em março. Só lembro de uma única vez em que o carnaval caiu numa data tão longe assim, terminando praticamente na metade do mês de março. Nem sei qual o ano, só lembro que meu aniversário ( 11 de março) foi comemorado em plena Marquês de Sapucaí, no desfile das campeãs, com a Beija Flor.

Hoje, já não me empolgo tanto com o desfile do chamado grupo especial das super escolas de samba S/A. Este ano, por exemplo, preferi ir para a Avenida Intendente Magalhães, em Campinho, onde desfilam as pobrezinhas dos grupos de acesso C, D e E. Não por causa daquele discurso piegas, que alguns ainda teimam em apresentar do samba verdadeiro, genuino etc...etc.. Nada disso, até porque o desejo dessas agremiações, que lutam com imensa dificuldade e falta de recursos, é um dia se tornarem grandes e pisarem o asfalto do sambódromo. Legal na Intendente é que é um carnaval barato, sem cobrança de ingresso, divertido, familiar com presença de crianças e idosos, com segurança, relativo conforto e sobretudo muito samba. Lá vi passar escolas de sambas tradicionais e que já estiveram entre as poderosas, como Unidos de Lucas, Unidos da Ponte, Unidos do Cabuçu, Em Cima da Hora, Unidos do Jacarezinho. Outras que mesmo sem nunca estarem entre as grandes, têm muita história, como a União de Vaz Lobo, uma das mais antigas, com 80 anos de existência.

Mas não fui a Intendente apenas assistir, pois pisei o seu asfalto também para desfilar na Chatuba de Mesquita, pelo grupo E, na terça feira gorda, cujo o samba conta com a minha parceria. E no sábado de carnaval tive a alegria de ser campeão com o Tradição Barreirense de Mesquita, num desfile emocionante pelo segundo grupo de blocos, que sacudiu a passarela da Intendente, sendo aclamado pela platéia, numa linda homenagem ao radialista e produtor musical Adelzon Alves, o enredo da agremiação. Enfim, os desfiles da Intendente Magalhães são tudo de bom. Carnaval popular, barato, divertido. Uma boa opção para quem não gosta, não quer ou não pode assistir ou desfilar no sambódromo da Sapucaí.